quarta-feira, 16 de abril de 2008

Atividade com filmes

A atividade realizada em sala de aula a partir de filmes foi especialmente interessante. O que mais me chamou a atenção não foi nem tanto as excelentes análises que os grupos fizeram dos filmes, mas a maneira como alguns grupos decidiram fazer a apresentação, que, a princípio, teria tudo para ser simples. Além, é claro, de fazerem uma ligação profunda com a teoria estudada na disciplina, esses grupos organizaram dinâmicas temáticas e apresentações em powerpoint.
No meu grupo, que tratou do filme Sorriso de Monalisa, a idéia de fazer uma apresentação alternativa nem surgiu, infelizmente. Embora tenhamos feito uma exposição relativamente completa do filme, destacando todos os pontos essenciais relativos à disciplina, nossa apresentação foi tradicional e talvez pouco interessante. Ao ver quão longe outros grupos foram, percebi isso como uma falha do nosso.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Comentário sobre estudos em grupo

Na minha vida escolar, sempre tive uma tendência individualista. Não no sentido de que não suporto trabalhar em grupo, mas de que "trabalho melhor sozinho". Durante o ensino médio, nos trabalhos em grupo, eu era um daqueles que toma para si mais responsabilidade do que seria justo, só para adiantar o trabalho e garantir a qualidade. Também costumava designar o restante das tarefas, que geralmente eram feitas pelos outros membros separadamente, fora do horário escolar, para depois serem "coladas" juntas no trabalho. O resultado era sempre um trabalho heterogêneo que nada tinha de desenvolvimento conjunto. Não havia aprendizado compartilhado.
Nas aulas de FDA com estudos em grupo, foi diferente. Percebi que os colegas adotaram sempre uma postura de compartilhamento de idéias e construção de consenso. Acredito que o contexto da aula, que traz muitas idéias pedagógicas, favoreça essa postura. Pode ser também conseqüencia de maior maturidade por parte dos alunos. Pelo menos isso posso dizer de mim. Sei hoje que parte do exercício pretende, sim, que eu assimile o conteúdo. Mas também entendo que outra parte tem a ver com aprender a trabalhar em equipe de maneira efetiva e inclusiva, considerando outros pontos de vista e construindo conhecimento.
Acredito que seja esse um dos propósitos do meta-aprendizado que a disciplina propõe.

Troca de fotos e afetividades - 26/03

Achei especialmente interessante a oficina proposta de troca de fotos. No começo não entendi direito qual era a proposta, mas depois, com a explicação, ficou claro que tratava-se de um intercâmbio de afetividade. A discussão que se seguiu foi muito interessante, pois tratou de vários aspectos relacionados à afetividade na sala de aula.
Afinal, qual é o verdadeiro papel da afetividade? O que é de fato a afetividade? É aquilo demonstrado pela professora que beija e abraça todos os alunos? Ou é a sensibilidade de levar em consideração todas as experiências e peculiaridades dos alunos? Qual é o limite entre o desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo? Deve haver uma separação? Quais são os resultados da criação de um ambiente afetivo na sala de aula?

Perfil pedagógico

Quando foi apresentada a proposta de portifólio, uma das primeiras idéias que me veio a mente foi traçar um breve perfil pedagógico dos meus professores desse semestre. O foco será, a princípio, na forma como as aulas são conduzidas. Dessa forma, acredito poder exercitar uma espécie de meta-aprendizagem, na medida em que reflito sobre como o conteúdo me é transmitido.
História Antiga 2 - professor extremamente culto, com várias qualificações e publicações, inclusive internacionais. Dá aulas expositivas sobre textos obrigatórios da bibliografia. Linguagem utilizada é às vezes pouco acessível, pelas muitas referências a autores antigos e internacionais. Disponibiliza um website que contém material de apoio, esquemas de aulas e informações úteis para o acompanhamento do curso.
História Moderna 2 - professora muito experiente e segura. Transmite o conteúdo de maneira clara, sem cair em simplificações. Aulas expositivas baseadas em textos obrigatórios. Professora exige a participação dos alunos, como forma de garantir que todos leiam os textos e de assegurar o exercício do pensamento crítico com relação ao texto. Uso também de filmes épicos para auxiliar na absorção do conteúdo.
História do Brasil 3 - professora utiliza-se sempre do data-show para as aulas expositivas, que são alternadas com apresentações individuais de seminário.
História da América 3 - professor dá aulas expositivas, com um eventual uso de retroprojetor para permitir a visualização de mapas. Aulas também baseadas em textos obrigatórios, sendo os seminários opcionais para permitir a possibilidade de incrementar a menção final.
Teoria da História - professora também dá aulas expositivas baseadas em textos. Há ainda a presença de um monitor muito competente que auxilia nas reflexões e discussões acerca dos autores analisados. As aulas possuem às vezes um caráter muito abstrato, o que dificulta a compreensão e a visualização de aplicações práticas.
Como visto, a metodologia predominante na área da história é a de aulas expositivas. Acredito que, de fato, é fundamental que se tenha esse tipo de aula, pois os professores têm muito a contribuir para a compreensão dos textos e seus contextos. No entanto, também acho que outras estratégias poderiam ser usadas, que facilitassem o entendimento e motivassem mais os alunos. Percebo que no meio universitário há uma cultura implícita de que estratégias pedagógicas alternativas são para ensino fundamental e médio, de que na Universidade os alunos devem "se virar" para aprender. Tenho minhas dúvidas quanto a isso. Se um dia eu vier a ser professor universitário, espero encontrar brechas para fazer algo diferente. Tenho um livro sobre ensino de História, mas ainda não o li. Pretendo fazê-lo em breve.